segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Gacy House


Pois bem, eis que o pseudo-blogueiro aqui na falta do que assistir resolve fazer mais uma imersão no mundo da produtora The Asylum, e por curiosidade, pelo título que referencia um dos mais notórios serial killers do mundo, resolve ver mais essa pérola do cinema moderno.

Para quem não conhece, John Wayne Gacy Jr. era um louco americano que estuprou e matou (não necessariamente nessa ordem) mais de 30 crianças do sexo masculino e enterrou no próprio porão da sua casa. Condenado a pena de morte e com seu humor peculiar suas ultimas palavras foram "Kiss my ass". Ele fazia tudo isso na maioria das vezes se infiltrando na casa das vitimas trabalhando como palhaço em suas festas de aniversário.

Pegando a moda de filmes de terror "realistas", mais os programas de fantasma e com essa história do Gacy, o filme desenrola como um grupo de estudiosos que vai até a casa reconstruída e abandonada do matador em busca de evidencias sobre espíritos que ainda perambulam o lugar além do dito cujo do palhaço assassino.

Com isso seguem a ideia uma câmera digital na mão e uma ideia ruim na cabeça. O grupo varre a casa atrás de evidências, perturbam o juízo do fantasma e se cagam de medo.


É logico que personagens bizarros tem que aparecer, existe o câmera nerd que sempre se borra de medo de tudo, o velhinho cético que na metade do caminho acredita em tudo, o cara durão, o casal que se pegam escondidos e principalmente a loira peituda de silicone que é uma especie de médium do grupo.

Coisas estranhas sempre acontecem, mas se acham que falarei de como os espíritos se manifestam nem vou perder meu tempo, o que é estranho e não dá pra entender é como no meio de uma pesquisa dessa, onde as pessoas estão se borrando de medo, o maldito casal resolve se agarrar no quarto onde era do assassino em questão, e mais, na cama do sujeito e diga-se de passagem que este quarto era onde ocorreu a maioria das atividades paranormais. Paranormal mesmo é como o pau do cara consegue subir numa situação dessas, ainda bem que é ficção.


Quando o capiroto de circo resolve ficar nervoso ele arranha uma, espanca outro e é claro, mete a mão na loira e rasga a roupa dela. Alguma coisa de divertido tinha que acontecer, nem que fosse comentar como o peito da loira não se mexia de tão duro que era de tanto silicone.

Por fim, o Sr. Gacy senta a porrada espiritual em todo mundo, vestindo um modelito de cueca do vovô e regata, não sobrando ninguém além dos registros das câmeras pra contar a história. Fica no ar que uma das pessoas nunca foi encontrada e o fim é o laudo das autópsias dos presuntos.

Não tem muito o que falar de um filme desses, só que perdi um pouco mais de uma hora da minha vida pra ver e poder escrever aqui.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sharktopus


Ao som de muita surf music e um bom ritmo mexicano vos apresento Sharktopus: meio tubarão, meio polvo e 100% matador.

Tudo começa a partir de uma experiencia cientifica contratada pela marinha americana que queria barrar o tráfico marítimo vindo do ensolarado México. A empresa tem como presidente o Eric Roberts, o cara já foi galã, vilã, concorreu a oscar e globo de ouro acabou parando nessa porcaria de filme, por falta de dinheiro ou juízo. Acho mesmo que a unica coisa boa da vida dele e ser irmão da Julia Roberts mesmo.

Claro que o negócio não ia dar certo, e um aparato tecnológico se solta facilmente deixando o bicho livre para matar. Rumo ao México, o Sharktopus não é parado por ninguém e sai devorando o que vê pela frente vivo, principalmente loiras peitudas gostosas. Não podemos dizer e apesar de tudo ele não tem bom gosto.


O mais divertido de tudo é que a produção do SyFy faz isso com muito amor, pouco dinheiro e nenhum cuidado com o que se faz no que diz respeito a efeitos especiais. Em cada cena o Sharktopus tem um tamanho diferente, os tentáculos parecem mais serem uma homenagem ao Dr. Fantástico, hora do tamanho de uma pessoa, hora do tamanho do mundo.

Nenhum momento você consegue ver o filme e deixar de rir da porcaria que ele te apresenta. Algumas mortes são mais hilárias que filmes de comédia, a se destacar a morte do bungee jump e a da caçadoras de moedas, se tem curiosidade arrume um jeito de ver.

Todos os atores nunca devem ter frequentado nenhuma escola de atores. o jeito que cada um morre mais parece dança de música baiana do que um sofrimento mortal. Sempre os braços pro alto, chacoalhando mais que bonecão do posto e aos gritos sem sofrimento algum.

E como um bom filme ruim e clichê, tem a mocinha indefesa que aqui é a cientista pumpkin filha do Eric Roberts e um mocinho saído de uma piscina bêbado, usando sombreiro e em dado momento correndo como um maratonista tendo um corte de um palmo na perna proveniente de uma mordida do Sharktopus, diga-se de passagem o único que sobrevive ao ataque senão acabaria o filme. Não podemos esquecer da repórter caçadora de noticias e seu cameraman retardado com as piores e mais falsas tatuagens de rena que ja vi na vida.


Pra encerrar, tudo termina como começou, mal feito. O Sharktopus nada rio acima e é encurralado, sofrendo um ataque com uma explosão mais sem sangue que já vi na vida.

Produção da The Asylum e o canal Syfy é sempre a maior diversão.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Post Inaugural - Fome Animal


Antes de tudo, duas questões devem ser abordadas nesse post. Primeiro, porque diabos escolhi o filme Fome Animal? E segundo, um total idiota criado pela mãe consegue ser um herói?

As respostas para isso são simples. Fome Animal é considerado por mim e por muitos (por muitos mesmo) como um clássico do terRir... sim... terRir, onde o terror é colocado de lado e vira um artifício para a comédia. É um filme totalmente despretensioso que envolve o telespectador no decorrer da trama. Particularmente ele entra no top 3 da minha lista de filmes que mais gosto.

E sobre o grande herói, sim, neste filme conseguimos ver um total perdedor conseguindo virar um matador de "zumbis" e de quebra ainda termina com a mocinha.

Tudo começa com a doença do macaco-rato de Sumatra, que aparece numa forma tosca parecendo de massinha e terminando esmigalhado. Curiosamente, como num filme de baixo orçamento, os tribais da ilha de Sumatra não são atores figurantes, e sim um time de rugby fijiano.

Tudo é desencadeado após a mordida do macaco-rato na mãe do nosso herói Lionel. Disso ela se torna um "zumbi", dada como morta, e uma coisa leva a outra até o baile de sangue, que reza a lenda, é real de porco.

Personagens bizarros aparecem nesse filme, tem a mocinha chamada Paquita e me vem a pergunta sempre, como diabos uns latinos foram aparecer na Nova Zelândia? A própria mãe do herói, o tio Les, o veterinário ilegal nazi, o rockabilly, a enfermeira e o padre ninja.

E como não falar do bebê nascido da noite pro dia, que merda é aquela? Filho de uma enfermeira que trepa com um padre-taradão-ninja, o diabo do moleque toca o terror no filme, só faz merda. O passeio no parque só rolou no filme porque sobrou dinheiro após o termino e hoje em dia seria proibido porque o moleque entra no cacete depois de só fazer asneira.


Para mim o filme tem uma visão tosca todo especial, vejo esse filme como uma comédia romântica onde o herói Lionel vence todas as barreiras para arrebatar o coração da donzela.

Além disso, tem toda uma psicologia através do filme onde é destacado a superproteção das mães, tanto que no final do filme aquela coisa horrorosa, completamente mal acabada coloca de volta ao seu ventre o filho amado.

Outro aspecto que tiro o chapéu é o fato do filme ser de época, gravado em 1992 com um cenário dos anos 50. Como diabos o Peter Jackson conseguiu fazer isso num filme de tão pouco orçamento? O próprio Peter Jackson aparece no filme como o assistente da funerária.

Peter Jackson hoje é um aclamado diretor cheio de "oscares" em sua prateleira e muito se deve a essa pérola. Até o nosso querido Zé do Caixão já declarou que é um dos melhores filmes do mundo, aceitado por todos que tem gosto duvidoso.

Tenho muita dificuldade em apontar defeitos nesse filme, pois para mim tudo de errado parece ser meticulosamente feito de propósito. Podem xingar, berrar, gritar e falar mal mas esse é um clássico do gênero.


Título original: (Dead Alive)
Lançamento: 1992 (Nova Zelândia)
Direção: Peter Jackson
Atores: Timothy Balme, Diana Peñalver, Elizabeth Moody, Ian Watkin.
Duração: 104 min